Nós, mulheres, em todos os campos nos quais atuamos, precisamos dar conta de uma tradição masculina para quem sabe podermos sermos minimamente consideradas. Na escola e nas nossas formações universitárias estudamos e lemos quase que somente homens em sua totalidade, e eles são geralmente brancos, europeus ou estadunidenses. A escritora Elena Ferrante – cujo pseudônimo já é uma auto ficção em si – alerta: precisamos começar a forjar uma tradição de mulheres em todos os campos de atuação. Ela o faz nas suas criações literárias e cinematográficas e nas suas correspondências e artigos em que fala sobre a sua escrita. Ela é também uma teórica da literatura. Como fazemos então para encontrarmos a nossa voz com tanto trabalho pela frente?
Este curso nos mostra como nós, mulheres, vivemos na perspectiva do mundo masculino, e traz uma proposta, através das narrativas de mulheres, de furarmos essa bolha.
Com uma bibliografia de mulheres negras, trans, brancas e indígenas, o curso fomenta a produção de novas subjetividades, as nossas: nossas reflexões, nossos pontos de vista, nossas experiências e também as nossas narrativas, ficcionalizadas ou não.
Mulheres e (auto) ficção
Bibliografia
Elena Ferrante
- A Amiga Genial
- A filha perdida
- A vida mentirosa dos adultos
- Dias de abandono
- Um amor incômodo
- As margens e o ditado
- Frantumaglia
Igiaba Scego
- A minha casa é onde estou
- Fronteiras
Chimamanda Ngozi Adichie
- Americanah
- No seu pescoço
- Hibisco Roxo
- Meio Sol Amarelo
Marcia Wayna Kambeba
- Ay Kakyri Tama: Eu Moro Na Cidade
Buchi Emecheta
- Cidadã de 2a classe
Tati Bernardi
- Depois a louca sou eu
- Homem-Objeto e outras coisas sobre ser mulher
Camila Sosa Villada
- O parque das irmãs magníficas
Valeska Zanello
- A prateleira do amor
Dee L. H. Graham
- Amar para sobreviver: Mulheres e a síndrome de Estocolmo Social.
*** Trabalharemos com excertos dos livros em sala de aula, e eles serão disponibilizados pela professora.