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DIVERSIDADE & NARRATIVAS

A arte de contar histórias de/em uma sociedade múltipla, com o jornalista Luan Nascimento Pires.

Esta é uma oficina para quem quer aumentar o alcance de suas narrativas sem cair em reduções simbólicas ou clichês. É para quem quer narrar sem medo de olhar o panorama geral da diversidade.

Afinal, apesar de existirem muitas formas de se contar uma história, a maioria das narrativas (ficcionais ou não) ainda carrega uma característica em comum: são protagonizadas por homens brancos e héteros.

É a partir do olhar deles – ou centrado neles – que o mundo nos é apresentado.

Não é preciso ser parte de um grupo minorizado para compreender que uma escrita/narração diversa e inclusiva tem espaço para impactar muita gente – e os livros mais vendidos entre os jovens já nos dão essa perspectiva. A sociedade mudou e segue mudando.

Mas como um escritor, um jornalista, um publicitário, ou qualquer pessoa que use a escrita para se comunicar, pode dialogar com o conceito de diversidade e inclusão para potencializar sua narrativa?

Como transportar para a narrativa individual uma abordagem que faça sentido no mundo atual?

Seja num romance, em contos, em notícias, artigos ou no planejamento de uma comunicação, como não cometer erros ao se aproximar de realidades diversas?

Aqui, vamos falar sobre como se sentir seguro para construir narrativas que transportem para as suas histórias conceitos que podem ajudar a criar uma versão de mundo mais humana e plural.

Quando?

Início: 2/9/24 a 23/9/24 das 19h às 21hs

Na prática, vamos trabalhar o seguinte:

Aula 1: O que é diversidade e conceitos importantes

– Entendendo privilégios

– Começando do começo:

  • O que é diversidade (e onde pesquisar)?
  • Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): todos os humanos nascem livres e iguais
  • 4 pilares da diversidade sexual
  • Caminho analítico e caminho intuitivo
  • Siglas
  • Equidade e igualdade
  • Dicas de leituras
  • Explicação da proposta prática a ser entregue ao final.

Aula 2: O que é diversidade e a importância para as narrativas 

– Como falar de experiências específicas ajuda quem escreve/expressa e quem lê/ouve

– Contexto do termo na literatura: livros altamente recomendáveis, premiados por especialistas, reconhecidos dentro e fora do Brasil por quem se dedica a pesquisar literatura e que abordam ou são escritos por grupos identitários distintos.

– Contexto em outros modos narrativos: jornalismo, publicidade, estudos

– Exemplos de tipos de narrativas (livros, campanhas, artigos, matérias, etc) e onde achar informações (monitoramento e métodos)

– Ação prática (estudo de contexto, personagem/persona e voz).

Aula 3: Informação e escuta ativa: usando a escuta para criar comunicação verdadeiramente inclusiva

– O Dossiê BrandLab do Google (link aqui) apontou que as buscas pelo termo “diversidade” no Brasil cresceram mais de 30% em um único ano, reforçando que o assunto se tornou uma pauta política global. O crescimento médio de views de conteúdos sobre homofobia, LGBQIA+, feminismo e racismo também crescem exponencialmente

– A importância de ouvir para aprender nunca foi tão levantada:

  • Escuta-ativa: uma boa pesquisa antes de começar a escrever sem cair em simbolismos
  • A escuta-ativa para ampliar olhares: a teoria diz que a audição por si só não é suficiente para reter o que foi dito. Sem atenção plena é possível que nossa memória guarde apenas 20% do que foi comunicado. Todos somos passíveis de cair na armadilha de apenas ouvir
  • É preciso um exercício de fazer perguntas do tipo: até que ponto eu posso flexibilizar meu entendimento para construir algo que faça sentido? Estou permitindo que pessoas com outros olhares construam comigo ou apenas abrindo um espacinho benevolente para dizer que elas participaram? A diversidade precisa de espaço. Mas, mais do que isso, precisa de trocas, que precisam de ouvidos

– Ação prática: exercício de aplicação de dicas para a escuta-ativa.

*convidado especial com análise de filmes, séries e filmes (narrativas publicitárias)

Aula 4: Armadilha de escrever de maneira diversa e inclusiva (personagens, filmes, proposições de comunicação que quebraram o clichê – de verdade – e os que não quebraram)

Conceituação de termos em narrativas:

  • Tokenismo e Diversitywashing (exemplos): existe um termo na escrita criativa chamado de “tokenismo”. De forma resumida, fala de quando “uma mídia escrita incorpora um número mínimo de membros de grupos minoritários para gerar uma sensação de igualdade ou diversidade”. Pensa aí: em livros, filmes e séries, por exemplo. Isso acontece, geralmente, quando existe apenas um personagem não branco em meio a um grupo que é. Também quando aquela única mulher está no meio de um elenco formado inteiramente por homens
  • Vieses inconscientes e lugar de fala

– Leitura de narrativas e identificação de conceitos positivos e negativos.

Aula 5: Estudos geracionais e diversidade

– A ideia é passar os conceitos básicos de cada geração sobre diversidade e como cada geração entende e quer ver o tema ser abordado na literatura/mídias com narrativas.

  • Um exemplo é a Geração Z (1995 – 2010) que representa 30% da população mundial, consolidando a maioria dos consumidores do futuro. É nativa digital, isto é, tem o mundo digital presente desde que nasceu, tão confortável nesse meio que busca todas as respostas nesse universo, transitando facilmente entre o digital e o real. Valorizam a autenticidade, tanto dos usuários, como das empresas. Essa geração consome produtos digitais de maneira intencional, escolhendo o que vão consumir em cada rede social, manipulando algoritmos em seu favor e atentando-se aos valores por trás da filosofia de cada empresa que utilizam. Está comprovado: são os maiores consumidores de conteúdos em áudio, como podcasts, talk shows, lives e músicas.

*convidada especial para falar de diversidade em livros infantis.

Aula 6: Roda de leitura de material final com aplicação de conceitos 

– Recapitulação dos conteúdos

– Oportunidades e ações dos mercados

– Leitura das narrativas construídas 

– Trocas e aplicação dos conteúdos

– Dinâmica de análise 

– Finalização: o que podemos levar?

BOLSA DE ESTUDOS

Nos ajude a distribuir bolsas de estudos para este curso. Participe da campanha do Gog no Apoia-se!

REFERÊNCIAS

  • Opinion Box pesquisas de mercado (www.opinionbox.com)
  • WGSN previsão de tendências de consumo (www.wgsn.com/pt)
  • Think with Google: Tendências do momento (www.thinkwithgoogle.com)
  • Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro
  • Inclusifique: Como a inclusão e a diversidade podem trazer mais inovação à sua empresa, de Stefanie K. Johnson
  • Viés inconsciente: como identificar nossos vieses inconscientes e abrir caminho para a diversidade e a inclusão nas empresas, de Cris Kerr
  • Preconceitos ocultos de pessoas boas, de Mahzarin R. Banaji 
  • Conflito de Gerações: desafios e estratégias para gerenciar quatro gerações no ambiente de trabalho, de Valerie M. Grubb

Diversidade & Narrativas: a arte de contar histórias de/em uma sociedade múltipla

Com Luan Nascimento Pires

Quando?

Início: 2/9/24 a 23/9/24 das 19h às 21hs

PROFESSOR

Luan Nascimento Pires é jornalista e pós-graduado em Comunicação Digital. Tem especialização em diversidade e inclusão, escrita criativa e antropologia digital. Experiência em estratégia, estudos geracionais e comportamentos do consumidor. Trabalha com planejamento estratégico e pesquisa em publicidade e endomarketing, trabalhando com marcas como Unimed, Sicredi, Corsan, Coca-Cola, Auxiliadora Predial, Deezer, Feira do Livro, Museu do Festival de Cinema em Gramado, entre outras. Articulista e responsável pelo espaço de diversidade e inclusão na Coletiva.net, com projetos de grupos inclusivos em agências e ações afirmativas no mercado de comunicação.