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AQUILO QUE EU NÃO QUERIA VER – SANDRA ALMEIDA

Primeiro livro individual da escritora Sandra Almeida, mestre em Letras, foi lançado dia 22 de agosto na Feira da Escrita Criativa da PUCRS e está à venda aqui:

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Luiz Antonio de Assis Brasil: O humano num livro impecável

“Depois de décadas de magistério às voltas com a Escrita Criativa, fiquei muito exigente quanto ao que leio, mas este livro de Sandra Almeida me impressiona, por causa de sua linguagem impecável e conotativa e, ainda, de sua intensa compreensão do que é um conto, que vive do fragmento e da instantaneidade.

Sim, é literatura, e da melhor. Um exemplo de bem escrever. Nada disso, porém, seria suficiente para o elogio — pois escrever bem, embora raríssimo, é obrigação do ficcionista. O elogio vai para algo mais, para a humanidade que vejo representada nestes textos. Numa época em que se valoriza o brutal e o pensamento totalitário, Sandra vai na contramão, percorrendo aquela via que salvará a todos nós.

Sentimo-nos representados nessas personagens que, embora às vezes no limite do que é considerado normal, por isso mesmo, são mais lúcidas do que nós, entendendo que no avesso é que reside cerne daquilo que nos faz seres que exercem a solidariedade e, na mesma medida, são dignos dela.

Este livro: um presente para o intelecto e, mais ainda, para o espírito.”

Renata Wolff também escreveu sobre Aquilo que eu não queria ver

“Tenho por convicção que a boa literatura, em especial no gênero conto, toma por missão iluminar aquilo que, a não ser por ela, permaneceria nas sombras, sem o nome e a vida que o texto lhe confere ao torná-lo narrativa.

As mais perspicazes revelações acerca da rica e confusa massa que é a nossa experiência humana residem menos em jornadas épicas e mais em instantes particulares, conversas fugazes, figuras desvalidas, intenções frustradas, conflitos refreados e tensões implícitas, sugestivas de potências para além do ordinário e que, no entanto, perdem-se nos dias, salvo por um olhar certeiro que as apanhe e cristalize literariamente.

É por esses caminhos que a escrita de Sandra Almeida se desloca com admirável habilidade nesta reunião de contos, intitulada, com muita propriedade, “Aquilo que eu não queria ver”.

A prosa é direta e enxuta sem comprometer sua beleza; a narrativa é delicada sem recuar nos registros mais crus; as personagens são críveis e inteiras, e a cada página do livro se descortinam, nas minúcias que Sandra retrata com sutil maestria, cenas pulsantes de uma profunda verdade.

A voz de Sandra alcança esse êxito sem pretensões ou floreios, acertando o equilíbrio entre o comando seguro da narrativa e o respeito à força que já emana do enredo, confiante em sua concretude.

Se o discurso constrói a realidade, os contos de Sandra constroem um universo ficcional tão coeso em suas sensibilidades e subentendidos que, enquanto leitores, nos integramos a ele, como se descobríssemos uma coleção de fotografias descartadas da infância que nos restaura a humanidade e que conservamos como preciosidade, a fim de poder retornar sempre.”